Vai Lá
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3:18Ô-ô, lalá, ê-ê, hã, hã Ô-ô, lalá, ê-ê, hã, hã Ô-ô, lalá, ê-ê, hã, hã Ô-ô, lalá, ê-ê, hã, hã Ainda me lembro, era manhã de domingo Deitado na sala, o sol na minha cara Ainda tentando dormir, às 9 no Andaraí, ah As costas já doem no sofá Mas e daí? Também tá bom Ô-ô, lalá Olho pra cima mas nunca me desespero Eu sei, vai melhorar Se a vida for da maneira que eu espero Não só me convenci, já convenci o bondão Na mesma barca visando Mais de um milagre e um vidão Eu vejo o horizonte do barraco do irmão Embaralhando na mente o funk E os latido do cão Sei que é uma vida de cão Mas não se envolve, meu primo Espanco no rap Já meto na rádio a boa e tá lindo Até parece, já dizia o amigo Que há 4 anos no funk já tava desiludindo Mas mesmo assim não acreditava Naquilo que ele falava Pra mim era isso ou nada, sem outra opção Depois de algum tempo na estrada Um foi parar lá na gringa e na vida desesperada E o outro na prisão Mas tá tranquilo, meu mano É o tempo daquele sonho vingar E toda palavra jogada emergir Se eu tenho fé na caminhada Tu tem parte na parada Tá quase tudo no esquema, mete o pé daí Ô-ô, lalá, ê-ê, hã, hã Ô-ô, lalá, (hã, hã, hã) ê-ê, hã, hã Parece que era ontem Fazia rima como se elas fossem Mudar minha vida e onde ela me trouxe Noite no morro era baile de quadra Subindo escada, era tarde Eu e o bonde relíquia do Andara Com pouco tempo pra zuar Mas quando dava era certo o rolé Fazer fumaça admirando de perto as mulher Sensação de liberdade é só lazer Salve meu mano Palermo Não temo' tempo a perder Lembro do gosto da cerva Lembro o churrasco na laje É um tempo bom que não volta Pelada, bola na trave Sempre esperando o melhor Com a mente receptiva Numa terra sem lei Quem é que faz a justiça, doutor? Pelas vielas o sol torrando a cabeça Os magrin' portando ferro Que te estoura a cabeça É foda, eu vi o mano entrar Pro crime sem outra opção Babilônia te põe medo e tu perde a razão Eles visam a grana na mão Largaram o sonho do funk No corre e as grama na mão É foda mexer com esses bang Rodou fazendo a missão Ninguém merece três anos Sem ver a mãe na prisão Ligou passando a visão Achou que tava no inferno Mas viu que era pior Seu coração tá na sola Vai aprender a viver só Ó, nós somo' o mesmo de sempre Mesma cidade Esperando a sua liberdade Sou carne, sou alma, eu sou favela Não guardo indícios da minha dor Não julgue meu morro, minha área, pela janela Não atira não, doutor, que eu sou trabalhador