Youth Of The Trap
All The Way Up
3:21Aham, viaja não firma CTS Kamikaze Pedro Acervo Verbal É o corre neguim Desse jeito É o corre neguim É nóis que tá Ham, é o corre neguim Em cima da motoneta, sai no grau Que a rua tá labareda, Babalu Corta giro na sequência O sangue escorre, o circo queima É os palhaço tatuado deixando seu legado É o crime, é o corre, é o corre marcado Carta fora do baralho, nem cola na banca As panicota tá com nóis, tá com nóis as panacota Do outro lado, o Bope mata, mata memo O choque invade, sentando o dedo Primeira página de jornal, destaque policial Trocou tiro com a milícia e levou prau, prau, prau Tem que ser ligeiro, pra não cair na bala Pra ser motoqueiro tem que ter a tocada Fura a blitz, vai, vai, oh Queima a borracha, corre, corre Se não capa preta te cata De tocaia é mal, bagulho é doido Entre o céu e o aço, sobrevivo aos pipoco Entre a vida e a morte, nós corre o risco Enquanto o Cristo não vem, eu sobrevivo É o corre Gira as moedas pra cima das numerada Quantos moleque doido, sangue no olho, perdeu na estrada Desce o morro depois do asfalto, fita dada, tá maior uva Dois oitão, a toca ninja, carabina gelada na nuca Os moleque não quer escola, acha bonito, é o crime Seduzido pelas motoca, as moça bonita, as camisas de time Comércio é aqui, não é em dólar, o sonho é portar a pistola Piloto de fuga, rasgando as madrugas, no corre, driblando os bota Da farmácia, da quina, da praça, no corre, da quadra, bocada No doze, na mesa, que rende pra cima dos carros, dos kits, das gata Pinote pra cima do morro, é polícia a casa caiu O extermínio invadiu o barraco, matou um casal, e o moleque sumiu No corre, na troca de bala, divisa minada, moiada, já era Pipoco na reta, do homem de capa que mata, fuzila e lacera Fuzila e lacera Os mano dando grau, achando que é o tal A rua tá um caos, é muita loucura no final Escapamento estourado, moto voa no sinal Olho em volta, irmão, é só tragédia no jornal É o corre, é o crime, é o giro no perigo O mundo tá girando e eu vou seguindo vivo Com meus nervos de aço cada dia uma batalha Na batida da rua minha história é marcada Os mano dando grau, as mina pagando pau O mundo tá em guerra, Bope invadiu, matou geral É o Choque, é a Rota, é o Bope, é o Core E o jornal registrando a cena do corre Muito sangue no chão, pouca verdade no ar Quem corre no certo, não pode parar No jogo da vida, o peso é desigual Só os real, chegam ao final Na blitz confundiram, oito tiro, um pai no chão Deixou filha de três anos, quem consola a solidão É o preço de ser pobre num sistema que destrói A vida sangra no chão, mas quem lucra vai embora Fica calado, arrombado, aqui não é tribunal, do ex do estado No juízo divino, tua sentença tá feita Meu voto é te mandar pro colo do capeta Muito sangue no chão, pouca verdade no ar Quem é do certo, sempre tem que lutar No jogo da vida, a banca é cruel Só os real, chegam ao final do papel Do quebrado pro asfalto, o peso é o mesmo Na favela ou na guerra, o problema é o mesmo Menor de Glock, sonhando em ser patrão Mas o crime é cilada, vai direto pro caixão Meu nome é Pedro e não Jesus Se for pra me crucificar, que seja de cabeça pra baixo Na linha do front, vejo a trama e os nós Entre o céu e o aço, só Deus escuta a minha voz No ronco das moto, a cidade acorda Cada esquina um campo, cada passo uma corda A guerra não é no corpo, é na mente que trava Quem não entende o jogo, vira peça na jogada