Poema
Ney Matogrosso
4:23Ah ah ah ah ah ah Ah ah ah ah ah ah Ah ah ah ah ah ah Ah ah ah ah ah ah Laraia laiá Ó, eu não sei se eram os antigos que diziam Em seus papiros, Papillon já me dizia Que nas torturas toda carne se trai Que normalmente, comumente, fatalmente, felizmente Displicentemente, o nervo se contrai (Ô-ô-ô-ô) com precisão Nos aviões que vomitavam paraquedas Nas casamatas, casas vivas, caso morras E nos delírios meus grilos temer O casamento, o rompimento, o sacramento, o documento Como um passatempo eu quero é mais lhe ver (Ô-ô-ô-ô) com aflição Meu treponema não é pálido e nem viscoso E os meus gametas se agrupam no meu som E as querubinas meninas rever Um compromisso submisso, rebuliço no cortiço Chama o padre Ciço para me benzer (Ô-ô-ô-ô) com devoção Ah ah ah ah ah ah Ah ah ah ah ah ah Ah ah ah ah ah ah Ah ah ah ah ah ah Laraia laiá O meu treponema não é pálido e nem viscoso Os meus gametas se agrupam no meu som E as querubinas meninas rever O compromisso submisso, rebuliço no cortiço Chama o padre Ciço para me benzer (Ô-ô-ô-ô) com devoção