Quem Fui Quem Sou
Dealema
4:32A escrita é de outros tempos, rainha era a caneta Não vou passar a tocha se é fraco o estafeta Trazemos água benta pa' expulsar o capeta Um álbum sai pra fora, há mais três na gaveta Mentes que dão à luz o nunca antes visto Em nome de Jesus, eu já mais serei Cristo Um misto de emoções que no teu peito brotam Dealema é para os que pensam, aqueles que se importam Todo aquele que não navega ao sabor do vento 'Tá a nadar contra a corrente do deslumbramento Letras que valem mais que números que não contam Damos-te pérolas raras que esses números não compram Subida foi a pulso, não viemos à boleia Inspirados pelo amor, rimamos sem plateia Somos uma alcateia em noite de lua cheia A fome é grande, e esta não vai ser a última ceia Dealema é como o tempo, chove conhecimento É como a luz do Sol que tu vês brilhar Se um dia nós perdermos, volto a este momento Para que nos possamos de novo encontrar Corro no bairro como Rosa Mota Quando a prosa brota, bato o recorde, não há derrota A minha tropa ataca, foca na caça Ei, espião, não há competição (que se foda a taça) As pedras da calçada choram o nosso fado Tentas vir contra nós, 'tás embriagado Ataco como um guerreiro Terracota Se a tua rima não der moca, a gera volta As tuas não batem nem aos ressacas Testamos neles a pura das ruas nefastas Rimoxicodependentes, overdose lírica, linguística Desafia as leis da física, o quiromântico Eu venço com o Espirito Santo E não me refiro ao banco Milionário, lírico assalto Jesus, cobre-me com o teu manto Lava-me com o teu sangue sagrado Fascinado, passei pa' o outro lado e voltei Dealema é como o tempo, chove conhecimento É como a luz do Sol que tu vês brilhar Se um dia nós perdermos, volto a este momento Para que nos possamos de novo encontrar Quando a morte te encontrar, que te encontre vivo Abram os portões de fogo, somos nós, os cinco Foi há trinta dezembros, somos mais de 300 (Gaia) O mito é real, Dealema é doutros tempos Gladiadores do Coliseu, filhos do submundo Chave para a luz como o livro dos defuntos Palavras dão chapadas como efeitos visuais Não usamos tela verde, as rimas são reais Nova Gaia invicta, coragem e saúde Ibérico-latinos com uma puta de atitude Escrita de Pessoa, visão de Julio Verne Génio de DaVinci, somos DLM Autores de poesias, já não usamos vírgulas Cortamos frases com verdades ao som de guilhotinas Pintamos na tua memória, Salvadores Dali A nossa biografia é história contada por ti Dealema é como o tempo, chove conhecimento É como a luz do Sol que tu vês brilhar Se um dia nós perdermos, volto a este momento Para que nos possamos de novo encontrar Viaja do nível atómico até ao cósmico Nostálgico analógico, mas vanguardista crónico O algoritmo lírico no teu sistema límbico Labiríntico, quinto elemento sónico Pedagógico, surrealista patológico Diagnóstico, anti-extremista (é lógico) Cada conquista contra a vara chauvinista Ridiculariza todo o discurso escatológico (Antagonistas) refluxo ácido sarcástico (Alquimistas) fluxo canónico dealmático Caligrafia clássica, imaculada e única Carga de tinta infinita na esferográfica A pena sulca o papel, assinatura esplêndida Esquece o Excel, cibercultura rendida Acólitos, atónitos em estado catatónico Poético afoito, rimo até ficar afónico