Doutros Tempos

Doutros Tempos

Dealema

Альбом: Doutros Tempos
Длительность: 3:31
Год: 2025
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Текст песни

A escrita é de outros tempos, rainha era a caneta
Não vou passar a tocha se é fraco o estafeta
Trazemos água benta pa' expulsar o capeta
Um álbum sai pra fora, há mais três na gaveta
Mentes que dão à luz o nunca antes visto
Em nome de Jesus, eu já mais serei Cristo
Um misto de emoções que no teu peito brotam
Dealema é para os que pensam, aqueles que se importam
Todo aquele que não navega ao sabor do vento
'Tá a nadar contra a corrente do deslumbramento
Letras que valem mais que números que não contam
Damos-te pérolas raras que esses números não compram
Subida foi a pulso, não viemos à boleia
Inspirados pelo amor, rimamos sem plateia
Somos uma alcateia em noite de lua cheia
A fome é grande, e esta não vai ser a última ceia

Dealema é como o tempo, chove conhecimento
É como a luz do Sol que tu vês brilhar
Se um dia nós perdermos, volto a este momento
Para que nos possamos de novo encontrar

Corro no bairro como Rosa Mota
Quando a prosa brota, bato o recorde, não há derrota
A minha tropa ataca, foca na caça
Ei, espião, não há competição (que se foda a taça)
As pedras da calçada choram o nosso fado
Tentas vir contra nós, 'tás embriagado
Ataco como um guerreiro Terracota
Se a tua rima não der moca, a gera volta
As tuas não batem nem aos ressacas
Testamos neles a pura das ruas nefastas
Rimoxicodependentes, overdose lírica, linguística
Desafia as leis da física, o quiromântico
Eu venço com o Espirito Santo
E não me refiro ao banco
Milionário, lírico assalto
Jesus, cobre-me com o teu manto
Lava-me com o teu sangue sagrado
Fascinado, passei pa' o outro lado e voltei

Dealema é como o tempo, chove conhecimento
É como a luz do Sol que tu vês brilhar
Se um dia nós perdermos, volto a este momento
Para que nos possamos de novo encontrar

Quando a morte te encontrar, que te encontre vivo
Abram os portões de fogo, somos nós, os cinco
Foi há trinta dezembros, somos mais de 300 (Gaia)
O mito é real, Dealema é doutros tempos
Gladiadores do Coliseu, filhos do submundo
Chave para a luz como o livro dos defuntos
Palavras dão chapadas como efeitos visuais
Não usamos tela verde, as rimas são reais
Nova Gaia invicta, coragem e saúde
Ibérico-latinos com uma puta de atitude
Escrita de Pessoa, visão de Julio Verne
Génio de DaVinci, somos DLM
Autores de poesias, já não usamos vírgulas
Cortamos frases com verdades ao som de guilhotinas
Pintamos na tua memória, Salvadores Dali
A nossa biografia é história contada por ti

Dealema é como o tempo, chove conhecimento
É como a luz do Sol que tu vês brilhar
Se um dia nós perdermos, volto a este momento
Para que nos possamos de novo encontrar

Viaja do nível atómico até ao cósmico
Nostálgico analógico, mas vanguardista crónico
O algoritmo lírico no teu sistema límbico
Labiríntico, quinto elemento sónico
Pedagógico, surrealista patológico
Diagnóstico, anti-extremista (é lógico)
Cada conquista contra a vara chauvinista
Ridiculariza todo o discurso escatológico
(Antagonistas) refluxo ácido sarcástico
(Alquimistas) fluxo canónico dealmático
Caligrafia clássica, imaculada e única
Carga de tinta infinita na esferográfica
A pena sulca o papel, assinatura esplêndida
Esquece o Excel, cibercultura rendida
Acólitos, atónitos em estado catatónico
Poético afoito, rimo até ficar afónico