Parasitas

Anastácio Pimpinela, em roupão de cetim
Atirou-se da janela pensando que era o fim
Escreveu no testamento com tinta perfumada
Que ninguém o privaria da propriedade privada

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas

Agapito Rapazote, grande latifundiário
Pendurou-se num barrote pra não pagar o salário
E o resto da canalha, capatazes e polícias
Embarcou para o Brasil pra reforçar as milícias

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas

Eleutério Pintassilgo que roubou o que podia
Tirou um bilhete de ida e foi fazer queixa na CIA
Foi dizer que os comunistas são do pior que há
Mas socialismo é liberdade, ainda vá que não vá

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas

E a seita dos traidores, de monóculo no olho
Foi fazer guerras civis para o meio do restolho
Mas o perigo continua aqui mesmo à nossa porta
Enquanto a reação não estiver morta e bem morta

Quem tem medo do comunismo?
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas
São os latifundistas, são os monopolistas
São os colonialistas, enfim, os parasitas

Enfim, a reação!