Mad
Galocantô
5:42Leva Tudo aquilo que eu dei Mas não leva tudo que eu podia dar Leva, tudo aquilo que eu dei Mas não leva tudo que eu podia dar Leva o Van Gogh e o Buldogue de raça que eu criei E a medalha que um jogo de malha nos aproximou Leva o aparelho de jantar e a baixela de prata E o retrato daquela mulata que o Lan desenhou Leva a obra completa de Machado de Assis Entre as curvas e retas, sua bissetriz Leva o apartamento que está desocupado Já que não quer mais viver ao meu lado Então leva! Leva tudo aquilo que eu dei Mas não leva tudo que eu podia dar Leva, tudo aquilo que eu dei Mas não leva tudo que eu podia dar Ia lhe dar sol e terra e casa à beira-mar Num chateaux lá no alto da serra, à luz do luar E ao invés de parabéns, uma bela serenata Com direito a Mar Del Plata, Cancún e Paris Leva a sua grandeza, que me fez feliz Leva também a certeza, que eu também lhe fiz Leva o meu coração, que está desocupado Já que não quer mais viver ao meu lado Então leva! Leva, tudo aquilo que eu dei Mas não leva tudo que eu podia dar Leva, tudo aquilo que eu dei Mas não leva tudo que eu podia dar Até de Avião Nega, vá perdendo a esperança de eu te visitar Até de avião, já dá pra cansar Nega, vá perdendo a esperança de eu te visitar Porquê, até de avião já cansa - BIS Pra chegar tem que passar Dois dias de carro, um dia de trem Tanto sobe-desce, tanto vai e vem Até parece que não vai ter fim Tem também que caminhar Na estrada de barro que vai pro além A noite amanhece, não vejo ninguém Meu bem muda logo pra perto de mim Senão nosso amor vai ter fim! Nega, vá perdendo a esperança de eu te visitar Até de avião, já dá pra cansar Nega, vá perdendo a esperança de eu te visitar Porque, até de avião já cansa - BIS Pra voltar tem que nadar No rio, no mar Escala não tem Tem que escalar montanha também Batendo picada, cortando capim Dizem que fica mais perto Cruzar o deserto, o vale e a ponte É você quem mora, além do horizonte meu bem muda ontem pra perto de mim Senão nosso amor vai ter fim! Nega, vá perdendo a esperança de eu te visitar Até de avião, já dá pra cansar Nega, vá perdendo a esperança de eu te visitar Porque, até de avião já cansa Até de avião, já dá pra cansar Até de avião já cansa - BIS Água no Coco Bota água nesse coco, mulher Bota água nesse coco, mulher Pra ver qual é! Bota água nesse coco, mulher ôh, Mulher! Bota água nesse coco Esse coco de miolo mole Às vezes dá mole Ou bota pra quebrar Pede pra que eu te console Depois de me contrariar Vê se tu toma juízo Porque eu preciso é me concentrar Porque eu sou do partido E fico sentido se me chatear Bota água nesse coco, mulher Bota água nesse coco, mulher Pra ver qual é! Bota água nesse coco, mulher ôh, Mulher! Bota água nesse coco Você pode sair que eu não ligo Mas ouça o que eu digo Não vá madrugar Fica feio pra mulher que eu vivo Zanzar pela rua até o sol raiar Não vá virar a canoa que é boa pr’aqueles Que sabem remar Não me force tomar atitude Que eu posso ser rude E até não voltar Bota água nesse coco, mulher Bota água nesse coco, mulher Pra ver qual é! Bota água nesse coco, mulher ôh, Mulher! Bota água nesse coco Sem Endereço E lá vai ela Dizendo até nunca mais Estou naquela, vivendo à sombra dos ais Pra vê-la feliz até me virei pelo avesso Sabendo que no seu amor me fortaleço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço Na escola de samba do seu coração Foi um tropeço Cortou o meu samba Alegando que não tinha fim nem começo Rasgou a minha fantasia E atirou no chão meu adereço Motivo pra tanta discórdia eu desconheço. É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço Fui ao fundo do poço na base do osso e obedeço E ainda dizia inocente e contente É isso que eu mereço Por ela na mão encarei camburão Por um triz, quase faleço! No fim ainda quer me vender a baixo preço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço Eu gastei toda economia pra enfeitar a casa E a nega vadia ainda me arrasa Formiga com asa que quer se perder Eu gastei toda grana que eu tinha pra vê-la joínha Deixando a vizinha com água na boca Mas é que essa louca não quer me querer Eu gastei toda minha energia Porque todo dia acordava mais cedo pra lhe dar levedo E o mais puro leite pra fortificar Pior fui eu Que gastei toda a poesia que eu fazia à toa De Carlos Drummond a Fernando Pessoa Mas ela resolve me abandonar É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço - [Improviso] É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço - [Improviso] É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço - [Improviso] É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço É a paga que ela me dá por tanto apreço Vai embora e não deixa sequer seu endereço