Malembe

Bota a camisa no candeeiro,
Bota a comida no alguidar,
Puxa a cantiga do santo guerreiro,
Pede malembe pro seu Orixá.

Ogum
Ô Beira- Mar Ogum
Ô Beira- Mar Ogum
Ô Beira- Mar Ogum
Ô Beira- Mar.

Eu vivia com meu peito aflito,
No amor não tinha paradeiro,
Fui na gíria de pai Benedito,
Era festa de Ogum no terreiro.

Cachimbando no bico de pito,
Preto velho mexeu num braseiro,
Queimou erva de cheiro esquisito,
E cantou canto de cativeiro.

Jogou Búzio num pano bonito,
Saiu chispa do seu fogareiro,
Quando o búzio caiu tava escrito
O nome do santo no chão do santeiro.