Amanhã É Melhor
Luís Trigacheiro
4:07Gestos tão soltos que prendem Os passos que dou e me traem Ouvisses de mim o que eu gosto de ti Nas coisas que sei e não saem Dos poemas que li, não me lembro Beijos, o cinema roubou Se ouvisses de mim o que eu gosto de ti Talvez soubesses quem sou Peguei na tua mão Pra ver o que dizia A voz do coração Ao tremer Faltou-me convicção Num compasso arritmia Nas palavras que ficaram por dizer Tinhas histórias aqui bem guardadas Que a coragem perdida apagou Se ouvisses de mim o que eu gosto de ti Numa valsa que ninguém dançou E a boca que só me fraqueja Esta voz que evapora no ar Sairá bem de mim o que gosto de ti Quando ela não mais me faltar Pisei, beijei teu chão Quer dizer, assim eu queria Mas deixei a indecisão Vencer E em provas de aflição Na verdade, eu já temia Que as palavras ficassem por dizer Tu já sabes que eu não Sou de frases nem magias Ainda assim deste-me a mão Sem tremer Espero que esta hesitação Vá de prosa à poesia Nas palavras que acabarmos por dizer Nas palavras que acabarmos por dizer Nas palavras que acabámos por dizer