Ácida
Malka
3:03Hoje é o dia que celebro minha existência Aproveito e celebro minhas amigas, resistência O chão é nosso campo de batalha E minha poesia reta corta igual navalha Você vem e pergunta: qual é o meu estilo? Eu só dou risada e te digo Eu to no norte, nordeste, no jazz e na leste No samba, no funk, No palco com o bad Quero champanhe pro alto Mimosa na laje, tomando de assalto O teu rádio, teu carro, o swing que tu sente se apaixona nessa trava de repente, ahn! O meu estilo é diferente e eu invado sua mente tu achou que não tinha bala no pente Garota em chamas, cheia de dramas Contradição que anda, os groove que você ama O chão sagrado que hoje a noite eu vou cantar O chão Proibido que nós vamos conquistar O chão é o limite e dele não vou passar O chão é o apoio pra sozinha levantar Uma vida baseada em um fato De provar quem não acreditava errado Patrocinada, quem diria? Eu que no bingo não fazia nem tinquina coloco mais um tijolo nesse muro que me proteje da maldade desse mundo A minha arma é a fala, a rima, a palavra E a música, mantém minh'alma lavada Quem diria que eu seria MC Rimando pra ganhar a vida até aqui Não cabia em canção o que tinha no coração Tinha tanto pra falar tinha tanto pra amar Só cabe se for rap, no balanço do boombap Essa vida é um teste, e eu vim quebrar a banca Branquela enjoada, patrícia viciada É o papo que chega das recalcada Respeita minha estrada, que já tava na batalha Lutando contra o normal desde que você usava fralda A prova na cara, cicatriz dente quebrado Batendo em skinhead antes do bozotario Anti-facista de antemão Pelo amor, pela paz, mas se precisar eu sujo as mãos Boneca de neca, ultrapassando sem dar seta Confusão é minha meta, sou futuro versão beta O chão sagrado que hoje a noite eu vou cantar O chão Proibido que nós vamos conquistar O chão é o limite e dele nao vou passar O chão é o apoio pra sozinha levantar Eu vejo pecadores nas igrejas Pregando contra a nossa existência O meu recado pra esse povo é que eu to no jogo E eu vou rimar de novo, eu vou batalhar A violência é combustível da nossa beleza Quem recebe nosso amor, pode crer é realeza não quero ninguém me chamando de gênia Só quero normalizar minha existência E dançar tranquila, com minha tequila Contando a pilha de acué com as menina Eu só quero paz, mas aqui nao se faz Então eu me preparo pra me levantar E Eu subo no pódio, organizo o meu ódio Em melodia pra te arrebatar O chão que sustenta a minha história É minha família que escolhi que carrego na memória Já diria Brisa Flow, a treta é sobre território tá ligado? A cada chão que conquisto eu te chamo Pra chegar junto no plano De reapropriar nossa terra Reforma agrária pro nosso coração Que só se assentem os bons Pra quem sabe dividir Que passe bem longe quem quer tudo pra si E assim eu chamo pra guerra Pra retomada do que nosso A nova era O nosso chão