Olímpico

Salvei um sol e não sabia
O som me salvou
O céu é o teto
A mesma sombra no palco
(Só que)
Prefiro a visão sempre num lugar alto
Mano, foi longe demais
Cuspo provérbios a dois
A lua encandeia e me traz
A luz que desatam os nós
Sons pra que eu ache a minha paz
Me reconciliar com o após
Poupe um destino voraz
Incline o olhar sobre nós
Vergonha ou orghulho pros pais?
Maconha ou diploma com pós?
Quem te olha te julga capaz?
Te escuta, meu truta, ou dá voz?
Destino é o que a vida me traz
No curso do rio que é pra foz
Pra ser
Discurso repitido ou heróis?
O homem é o exercício que faz
A vida não tá no depois
Crises me forjam capaz
Seguir sorrateiro e veloz
Quando o céu nasce lilás
As verdades brotam a sós
Nesse coração Barrabás
Derramo o que há pela voz
Salvei um sol e não sabia
O som me salvou
O céu é o teto
A mesma sombra no palco
(Só que)
Prefiro a visão sempre num lugar alto
Salvei um sol e não sabia
O som me salvou
O céu é o teto
A mesma sombra no palco
(Só que)
Prefiro a visão sempre num lugar alto
Mas quem eu amo sente dores
Que eu não posso curar
E quem não sente arcam contas
Que eu não posso pagar
Os rios me contam segredos
Que eu não posso contar
Sobre a briga pra certo
Que eu cansei de lutar
Mas quem eu amo sente dores
Que eu não posso curar
E quem não sente arcam contas
Que eu não posso pagar
Os rios me contam segredos
Que eu não posso contar
Sobre a briga pra certo
Que eu cansei de lutar
Vim da laje de cima da rua de baixo
Não espere que eu defina em qual nicho eu me encaixo
Essa febre me confina para além do relato
Nas esquinas do futuro, eu vi, havia um despacho
Da solidão do cardume
À solitude do enxame
Se for possível dance
Se for possível amem
Da tradição do costume
À nova reza infame
Se for possível dance
Se for possível amem