Eu Vou Fazer Um Carnaval Só Para Mim
Orquestra Modesta
3:27Vão pra mata Vão pra mata Vão pra mata vão Auati, Auati Menino caçador, amigo de Apuã Apuã, Apuã Menino pescador, amigo de Auati Os dois foram pra mata Em busca de alimento Pra nutrir a sua aldeia Que vivia em sofrimento Andar pela floresta Era coisa tão banal Mas já não tinha pesca E nem a sombra de animal Nem fruta pra colher Nem um pé de plantação Nem peixinhos nadando Nas águas do ribeirão Foi quando de repente Auati se perguntou Por que tanto silêncio? Por que o vento parou? Apuã tava na frente Um clarão ele avistou Gritou o nome do amigo E Auati se assustou Não era ilusão Nem tempestade que chegara Era o mensageiro Do grande Inhandeiara Auati e Apuã Contaram do seu sofrimento Pediram ao grande Deus A volta do alimento Entendo o seu suplício Alimento eu posso dar Mas troco por um sacrifício Que um dos dois há de pagar Auati e Apuã Aceitaram guerrear Lutar com o mensageiro Até o mais forte ganhar E foi um vucu vucu Apuã caiu pro lado A avistou no chão Auati desacordado O clarão sumiu de vez Com o feiticeiro por completo Que antes de partir Deixou o seu decreto E disse que o guerreiro Aquele que pereceu Seria coberto de terra Pelo amigo que escolheu E para honrar seu sacrifício Folhas verdes vão brotar Com sementes douradas Da terra que ele morar A promessa aconteceu E botou tudo no lugar Frutos foram nascendo Tinha peixe pra pescar A semente amarela Ganhou nome de Auati Menino corajoso Que lutou pelo seu povo Na aldeia Apuã Contava a história pro seu filho A história de Auati O menino que virou milho Vão pra mata Vão pra mata Vão pra mata, vão