Holoceno
Papangu
10:35do sétimo filho vai nascer um lobo que se perde e pede socorro nada pode lhe parar: nem a prata, nem rezar o demônio vai partir, uivos negros emitir corpo enegrecido olhos feito a lua mente podre obscura vazia e crua quando minha mão chegar na garganta da fera vou provar ao povo meu ou pro inferno vou com seu terror besta-fera demônio assombração lobisomem besta-fera demônio assombração lobisomem besta-fera demônio assombração lobisomem besta-fera demônio assombração lobisomem "quando eu morrer, não soltem meu cavalo nas pedras do meu pasto incendiado fustiguem-lhe seu dorso alanceado com a espora d'ouro, até matá-lo um dos meus filhos deve cavalgá-lo numa sela de couro esverdeado que arraste pelo chão pedroso e pardo chapas de cobre, sinos e badalos assim, com o raio e o cobre percutido tropel de cascos, sangue do castanho talvez se finja o som d'ouro fundido que'em vão, sangue insensato e vagabundo tentei forjar, no meu cantar estranho à tez da minha fera e ao sol do mundo' 'mas eu enfrentarei o sol divino o olhar sagrado em que a pantera arde saberei porque a teia do destino não houve quem cortasse ou desatasse não serei orgulhoso nem covarde que o sangue se rebela ao toque e ao sino verei feita em topázio a luz da tarde pedra do sono e cetro do assassino ela virá, mulher, aflando as asas com os dentes de cristal, feitos de brasas e há de sagrar-me a vista o gavião mas sei, também, que só assim verei a coroa da chama e deus, meu rei assentado em seu trono do sertão" nada pode me parar nem a prata, nem rezar o demônio vai partir uivos negros emitir nada pode me parar nem a prata, nem rezar o demônio vai partir uivos negros emitir quando minha mão chegar na garganta da fera vou provar o povo meu ou pro inferno vou com seu nada pode me parar nem a prata, nem rezar o demônio vai partir uivos negros emitir quando minha mão chegar na garganta da fera vou provar o povo meu ou pro inferno vou com seu TERROR!