U Amassu I U Dubradú
Patrícia Bastos
4:22Veneno, veneno, veneno pinga da boca daquela cobra Oi, 'tava me olhando, mudiando olhei pra ela E digo, sou vaqueiro marajoara Esse olhos de cobra se encontram com o meu Acho que vai me encantar Numa cantiga pra dança do vagalume No chover viro perfume, no vento quero espalhar Veneno, veneno, veneno pinga da boca daquela cobra Oi, 'tava me olhando, mudiando olhei pra ela E digo, sou vaqueiro marajoara Esse olhos de cobra se encontram com o meu Acho que vai me encantar Numa cantiga pra dança do vagalume No chover viro perfurme, no vento quero espalhar O laço e o vaqueiro é moda Na campina eia o gado, meu coração nunca esquece Hoje eu vou cantar rodopiado Sentindo o gosto do veneno do mercúrio Descendo o rio Rasgadura, vi quintino na tocaia Andei léguas proibidas, tô farpado Tô cercado de absurdo e muita gente no estirão Jurei na romana o cipoar da vaqueirada guarnecer Jurei na romana o cipoar da vaqueirada guarnecer Veneno, veneno, veneno pinga da boca daquela cobra Oi, 'tava me olhando, mudiando olhei pra ela E digo, sou vaqueiro marajoara Esse olhos de cobra se encontram com o meu Acho que vai me encantar Numa cantiga pra dança do vagalume No chover viro perfume, no vento quero espalhar Numa cantiga pra dança do vagalume No chover viro perfume, no vento quero espalhar Peço licença pra contar caso de atiro Era cancão, era quintino e embainhar Dispara rifle e valentia fazendeira O sangue na rede esse grileiro não matar Eu fecho um olho e o outro eu deixo espiadeiro Um pro Amazonas e o outro é o canto pro jauacá Abro a janela e vejo os bruxos do chué Os Parintins e os Tocantins na mergulheira Buio nas ilhas, filho das cobras mugiro E só de namoro eu vim procurando as estrelas A flor que cheira, é uma beija-flor nas voadeira Canção da beira é João Gomes no letrar Oh, jardineira, me regue no couro Ronca besouro meu ouro desgovernar Eu já vou indo nessa de mola bobina A carabina me aponta nesse vingar Cruz credo mano na forra ingazeiras Eu vejo um encarte o levante no Juruá Veneno, veneno, veneno pinga da boca daquela cobra Oi, 'tava me olhando, mudiando olhei pra ela E digo, sou vaqueiro marajoara Esse olhos de cobra se encontram com o meu Acho que vai me encantar Numa cantiga pra dança do vagalume No chover viro perfume, no vento quero espalhar Numa cantiga pra dança do vagalume No chover viro perfume, no vento quero espalhar