Vinte Grãos De Areia

Vinte Grãos De Areia

Pecaos

Длительность: 3:28
Год: 2021
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Текст песни

Mundo invertido
Não é divertido se ver em perigo
Delírio, abdico de colírio
Mundo incolor, inocência acha-lo colorido

Ao estalar de minha iris, cansaço
Nossa dádiva é o tendão de Aquiles
Há quilos de poesias abstratas em minha fonte
Me conte, o que você esconde? (Pra quem você mente?)

Sensato ou covarde?
A rainha e o peão surgiram da mesma caixa
E perdem se o rei leva cheque-mate
Nem tudo que pensa é o que acha

Somos metáforas da nova aurora
Respeito o solo da esfera e as fera aflora
Jogando os entulhos pra fora, revigora
A água da chaleira evapora

Terreno insano, propósito inverso, submerso
Me lavo nessa cachoeira
Uni versos pra purificar elos e afastar essa poeira
Poeta mistico, assisto o cataclisma da fogueira

Exilado entre as cobras rasteiras
Camaleão adaptado à pressão da beira
Em expansão, me diz quantos são?
E quantos serão quando passar o verão

Talvez você verá antes que eles vejam
Que tempos sombrios virão
Esteja pronto perante a situação
Cabe a ti reerguer seus irmãos, sua construção
Pra que não haja destruição, reaja
Lembre-se que inspiração inspira ação

Eu vejo passáros baterem asas no azul
Peixes que eram anzol
Cometas que sonham em ser o sol
Poças criadas aonde choveu

Cicatrizes ficaram, o cabelo cresceu
Já cairam vinte grãos de areia
E minha ampulheta ainda não se inverteu

Eu vejo passáros baterem asas no azul
Peixes que eram anzol
Cometas que sonham em ser o sol
Poças criadas aonde choveu

Cicatrizes ficaram, o cabelo cresceu
Já cairam vinte grãos de areia
E minha ampulheta ainda não se inverteu

Nem sempre tudo é como espera
Sabe, mano (sabe?)
As coisas não estão mais como eram (não)
Sinto que a superficie não intimida mais (nem um pouco)
E minha cabeça passa longe da exosfera

Quanto vale sua inocência? (Quanto?)
Minha experiência é devido a ausência de prudência
Reflexo de nossa essência
Valente perante a consciência
De nossa existência falsa (uhum)

Por isso intimidei o caos, pra dançar valsa
Entendo sua missão pessoal (bem menos)
Temporais são temporários
Movidos por horários e salários
Tá tudo indo tão mal

Ainda não sabemos o real
Sorte que sou rodeado de reais
Não falo de dinheiro, papel traiçoeiro
Não faz o tempo durar mais

Preciso de luz e um pouco de paz
Mas sempre volto pro redemoinho
Nascemos pra firmar laços
E no fundo morreremos sozinhos

O homem inventou o tempo
Pra prender o passarinho no ninho
Mais uma taça de vinho no limbo (é sim!)
Eu vejo anjos caindo e demônios surgindo
(Só não me veja aqui)

Pessoas ouvindo e ignorando sinais
Se nós não ouvirmos a voz
Não saberemos que a sós entendemos
Porque sentimos e vivemos
(Não saberemos de nada)

Somos livros, porém nunca nos lemos
Acendo um incenso, esse oceano é extenso
Seguimos pequenos (muito pequenos)
O peito é barco e nossos braços são remos

À espera de um dilúvio
Pra sabermos onde iremos
Pois nunca nos convencemos (nunca)
Embora lutemos pelo mar sereno
Sem ondas fortes não navegaremos

Precisamos desse temporal
Vejo vários parasita no hall
Loki, cada verso é ritual
Então antes de tocar os outros, se toque

Toque!
Toque!
Toque!
Toque!