Auto:Boom
Profjam
O deus e o diabo comeram-se Deram-me à luz, depois despediram-se Deixaram-me no escuro e muito se divertiram A ver me andar à toa à procura de um motivo Eu sou um bom menino, cresci num quarto escuro Nem havia luz e os olhos já viam tudo Segui a minha voz e ela contou-me o mundo Viajei 30 séculos sem passar um segundo Senti o cheiro a estrume, enxofre, gás de estufa O chão eram brasas, sabiam a pantufa Não havia outras casas, talvez a de uma bruxa Dava-me poções mágicas e pedaços de fruta Deviam ser maçãs, tinha 2 rãs Nem imaginas como aquele chão da casa range Usava collants e uma saia de panos Tinha sempre medo quando ela fazia o lanche Dentro do caldeirão não sei o que ela agitava Ardia a madeira enquanto o fogo escaldava Toda a sexta-feira às 6 da tarde ela ligava Pra eu ir beber com ela o chá de ervas que ela plantava Dread eu ria à brava enquanto ela dava estaladas Ficava tão confuso, pensava que ali morava E ela aprimorava a sopa da pedra escaldada Só pa bater na certa ela dava me às colheradas Bruxa malvada Eu recebia espíritos na minha cabeça Na minha cabeça, na minha cabeça Era bué da químicos na minha cabeça Na minha cabeça, na minha cabeça Cada vez que eu lá ia eu vinha do avesso Vinha do avesso, vinha do avesso Até que eu aprendi que até no frio eu me aqueço No frio eu me aqueço, no frio eu me aqueço Pa tu veres o estrilho basta ires uma vez Ires uma vez, ires uma vez Eu sou Bane, o filho, Peña Duro o meu berço Duro o meu berço, duro o meu berço Eu recebia espiritos na minha cabeça Na minha cabeça, na minha cabeça Eram bueda químicos na minha cabeça Na minha cabeça, na minha cabeça Cada vez que eu la ia eu vinha do aveso Vinha do aveso, vinha do aveso