Onde Está Você?
Renato Braz
4:34Rovereto, Ouro Preto, um camim, meio do mato Piedade, o capim, nove horas tem missa Cadê seu missal, Zizinha, Joaquim? Já vai dar seis horas, a mesa tá posta Virgílio aponta a beleza da encosta Na gente a imensa paixão Castelos, assombros e mais estações Troféus de caçada, muro, monções 'Que alma no mundo é sem senões?' O olhar de Sofia Nem imagina, nem desconfia Quanto ela provocou da minha frágil paixão Dudu, seu irmão, menino de colo Eu sei, foi Apolo o deus que lhes deu Esse olhar claro e quente que me ganhou Um lobo saiu do Caraça E passa voando tirando um fino O meu coração trentino é um cafarnaum Admirei maçãs no caminho do Castelo Thun Aonde eu cantei mais tranqüilo E sereno do que pensei Vi a fôrma da hóstia que o bispo benzeu A cisterna, a uva, a memória no breu Telhados e telhas que a chuva torceu Falaram de um verso latino que é feito De um espondeu e dois coriambos E um jambo que o tempo colheu e comeu Vê-se que o tempo ali desistiu Sob tábuas, túneis, tonéis e barril Fundição, mulheres, véus e funil Passei a ponte, subi a torre Do Castelo Thun, pensei minha vida Eu era sozinho, eu era nenhum A capela, o século quase comeu Umas pedras, o século treze engoliu Tinha gente que o século não demoliu Era eu na janela com olhar de jejum Eu e Gilson e Beppo, Antonello e mais um Era nós e Francisco no Castelo Thun. Vê-se que o tempo ali desistiu Sob tábuas, túneis, tonéis e barril Fundição, mulheres, véus e funil Passei a ponte, subi a torre Do Castelo Thun, pensei minha vida Eu era sozinho, eu era nenhum A capela, o século quase comeu Umas pedras, o século treze engoliu Tinha gente que o século não demoliu Era eu na janela com olhar de jejum Eu e Gilson e Beppo, Antonello e mais um Era nós e Francisco no Castelo Thun. Era eu na janela com olhar de jejum Eu e Gilson e Beppo, Antonello e mais um Era nós e Francisco no Castelo Thun. Iêra iedegundê iadoram Ieregundê iadore Iererê iadoram Iêra iedegundê iedoram Ieregundê iedoiê Ieiê iadom