Dura Missão / Insensatez (Ao Vivo)
Renato Da Rocinha
4:33Humildemente Diretamente da maior favela do mundo Alô Rio de Janeiro, alô Brasil Vamo cantar! Ê moleque! Nascido e criado no morro com os pés no chão Que abrigou desde cedo o samba no coração Que sonhava em brilhar com a bola no pé como todo bom brasileiro Mas falou mais alto a paixão Pelo som do cavaco, tantã e pandeiro Ê moleque! Fez da escola de samba o seu habitat natural Sempre ouvindo na velha vitrola Fundo de Quintal Samba de Almir Guineto, de mestre Aniceto, Marçal e candeia E as belas canções que nasciam debaixo da tamarindeira Que ainda menino foi pra madrugada Conhecer os dois lados dessa caminhada Batendo de frente Até com a família por causa do seu ideal Confiante o menino seguiu seu destino Vivendo entre o bem e o mal Muitas vezes sem o dinheiro do pão Mas sempre com seu cavaquinho na mão E o sonho de ver o seu samba brilhando na televisão (Esse moleque) esse moleque sou eu O que eu plantei floresceu Confesso não foi mole não Meu sonho quase se perdeu Prevaleceu minha fé E venha o que vier Sigo de cabeça erguida Nessa caminhada sofrida Esse moleque sou eu Muito obrigado, meu Deus E a todos que me deram a mão Toda essa luta valeu Eu hoje canto feliz Salve os moleques de todo esse meu país Sou eu, sou eu, sou eu Esse moleque sou eu Muito obrigado meu Deus E a todos que me deram a mão Toda essa luta valeu Eu hoje canto feliz Salve os moleques de todo esse meu país Boa noite, gente! Sejam bem vindos ao DVD Renato da Rocinha 10 anos! Vamo cantar, e essa vocês também conhecem Canta comigo! Moro lá Depois do final da linha Minha casa é quarto, sala, banheiro e cozinha Não tem condomínio nem pago aluguel, não não Lá sou negro rei e minha nega é rainha (e a comunidade) E a comunidade se amarra na minha (se amarra na nossa) Sou considerado amigo, irmão É por isso que eu moro lá Depois do final da linha Minha casa é quarto, sala, banheiro e cozinha Não tem condomínio nem pago aluguel, não não não não Lá sou negro rei, minha nega é rainha (e a comunidade?) E a comunidade se amarra na minha Sou considerado amigo, irmão (Olha o breque) É lá na esquina Depois do boteco do china Que a rapaziada fica de butuca E muito ligada na situação A porta está sempre aberta pra quem chega E tudo que tem é exposto na mesa Casa de malandro não entra ladrão, não, não Casa de malandro, casa de malandro Casa de malandro não entra ladrão, não, não Casa de malandro, casa de malandro Casa de malandro não entra ladrão (Casa de malandro) Casa de malandro, casa de malandro Casa de malandro não entra ladrão, não, não Casa de malandro, casa de malandro Casa de malandro não entra ladrão (e casa de malandro) Casa de malandro, casa de malandro Casa de malandro não entra ladrão, não, não Casa de malandro, casa de malandro Casa de malandro não entra ladrão Eu quero uma salva de palmas Para um dos maiores grupos do Brasil, Galocantô! Olha o forró! Quem curiou, curiou Porque a fonte secou, pois é Vamos fechar o terreiro Porém o dia raiou e alguém anunciou José, amanhã chegarei primeiro (quem curiou) Quem curiou, curiou Porque a fonte secou, pois é Vamos fechar o terreiro Porém o dia raiou e alguém anunciou José, amanhã chegarei primeiro Vou chegar mais cedo pra beber Na coité, na cuia Cabaça, cumbuca, a moringa da tia não pode secar E o povo de longe que vem Quer matar a sede Pois a sede que eles têm Tia sabe matar Ê tempo bom que a gente deitava na rede Depois uma boa cachaça Pra ver a noite chegar (festa na roça) Festa na roça é roçado, acende a fogueira Canjica, abará, folha de bananeira Pipoca, pinhão e bolo de fubá (tempo bom) Ê tempo bom que a gente deitava na rede Depois uma boa cachaça Pra ver a noite chegar Festa na roça é roçado, acende a fogueira Canjica, abará, folha de bananeira Pipoca, pinhão e bolo de fubá (quem curiou) Quem curiou, curiou Porque a fonte secou, pois é Vamos fechar o terreiro (bate o tambor) Porém o dia raiou e alguém anunciou José, amanhã chegarei primeiro (vai, Marcelinho!) Vou chegar mais cedo pra beber Na coité, na cuia Cabaça, cumbuca, a moringa da tia não pode secar E o povo de longe que vem Quer matar a sede Pois a sede que eles têm Tia sabe matar Ê tempo bom que a gente deitava na rede Depois uma boa cachaça Pra ver a noite chegar Festa na roça é roçado, acende a fogueira Canjica, abará, folha de bananeira Pipoca, pinhão e bolo de fubá (tempo bom) Ê tempo bom que a gente deitava na rede Depois uma boa cachaça Pra ver a noite chegar (festa na roça) Festa na roça é roçado, acende a fogueira Canjica, abará, folha de bananeira Pipoca, pinhão e bolo de fubá Canjica, abará, folha de bananeira Pipoca, pinhão e bolo de fubá Canjica, abará, folha de bananeira Pipoca, pinhão e bolo de fubá Ê tempo bom! Energia pro Renato da Rocinha aí, gente! Energia pro Renato da Rocinha aí, gente! Ah, moleque! Aí, tirou onda, hein Calma aí, rapidinho, rapidinho, rapidinho, rapidinho Renato, Renato Rapidinho, rapidinho, rapidinho Aqui, ele tá até de boné, ó Ele tá sempre com a gente Ele partiu antes do combinado, mas tá tranquilo Vam'bora, tchau rapaziada!