O Colono
Teixeirinha
3:36Eu estou de posse de uma carta tua Manchada de lágrimas do pranto caído Destes olhos lindos que dissera adeus No entanto, é por outro que tu tens sofrido Disse em tua carta que é uma desgraçada Que nuca devia ter me abandonado Que foi na conversa daquele malandro Com ele, acabaste dando um passo errado A carta prossegue com tanta amargura Culpa os amigos e teus próprios pais Querendo acertar, os coitados erraram Por isso, a nenhum eu culparei jamais Eu sei que com eles estás revoltada E diz que a nenhum podes perdoar Agarra a criança que já tem um ano E faz os teus pais acabar de criar Agora acabei de ler tua carta A minha resposta será bem assim Tu só te lembrou de clamar tua dor Parece que nada aconteceu pra mim Desculpe, querida, mas não sou de ferro Ou pensas que um homem não tem coração? Passei mais de um ano arrasado na vida Sofrendo, amargando a tua ingratidão Ai, ai, ai, ai Já sei, meu querido, não terei perdão Querida, eu quisera ter pouca vergonha Curar tua dor e te dar agasalho Mas sou de família de gente humilde Que só tira dama do novo baralho Não te amo mais, sofrendo a esqueci Quem te fez sofrer que carregue os remorsos Volte pra ele e diga que eu disse Quem comeu a carne que roa os ossos Ai, ai, ai, ai Quem comeu a carne que roa os ossos