Grama Verde
Ultramen
4:12Quando o negro abre essa gaita Pele-pele-peleia, eu não vou fugir desta guerra, não Não vou deixar eles fuderem minha terra, não É mais fácil morrer e estar lutando Eu nunca vi peão gaúcho se entregando Macho não é quem bate na mulher Homem eu vou dizer o que que é Gaúcho macho do chão farroupilha Protege, ama a sua família Necessidade todo mundo passa Qualquer raça, qualquer massa O português, o gringo, o italiano O alemão, o índio, o africano Somos todos irmãos sob esse céu azul Nós somos brasileiros do Rio Grande do Sul Prepare a erva, comece a pensar Pois a peleia vai começar Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum (Mas de jeito nenhum) Não tá morto quem peleia aqui sob o céu azul (Não podemos se entregar) Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum (Mas de jeito nenhum) Pois somos todos brasileiros do Rio Grande do Sul (Não podemos se entregar) Cabelos enosados pelos ventos dos pampas Longos cachos ou tranças embalam no galope O vento revida o trote da mulher forte e vivida Que desde cedo canta E levanta a tradição é o dom do coração certeiro Que se entrega por inteiro sem medo do futuro Ela anda no escuro se preciso for Ela é mulher, ela sabe bem quem é Ela sabe o seu valor, há, há Orgulho e suor escorrem do seu rosto Que exposto ao incerto torna concreta toda a peleia Mulher gaúcha rancheira da serra ou do litoral Ela ama e luta, nunca foge da disputa que a vida traz Faz, faz o que tiver de fazer Faz o chimas, se duvida vem aqui pra ver Que ainda arranja tempo pra mandar a prosa pra vocês, pra vocês É aí que começa a nossa história, china véia Povo crioulo gineteando a tua ideia Tradição de mão em mão, geração, geração Cuia a erva, chimarrão Abre a porteira boleia Falo de tudo que nos rodeia História raiz Quem disse que não ama sua terra, me diz? Maloqueiro a galope pelos pampas Minha voz, minha prenda, minhas crenças Diferenças eu guardo na guaiaca Gente pequena, gente ruim, gente fraca Do extremo sul, Trovadores, RS A favela é nossa cara com respeito a quem merece É o sangue aqui dos pampas, a atitude prevalece Prepare a erva, comece a pensar Pois a peleia vai continuar Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum (Mas de jeito nenhum) Não tá morto quem peleia aqui sob o céu azul (Não podemos se entregar) Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum (Mas de jeito nenhum) Pois somos todos brasileiros do Rio Grande do Sul (Não podemos se entregar) Boleia a perna vivente, amarra o pingo, iniciou a bailanta Eu tô falando aqui do sul, quem tá sentado levanta É som de gente bamba, gaúcho aqui dos pampas Bagual de tirar cria, preto, vivente, campanha E na querência ao pago velho não embaço Eu sou PX sangue bom, índio maragato Não corro sem ver do quê quando a coisa fica feia Pois na favela o bicho pega e não tá morto quem peleia Rima segue na batida, boto o dedo na ferida O microfone é minha arma enquanto houver injustiça O gaiteiro toca a gaita e eu não perco o tom da rima A la puxa tchê bagual, se não gosta vem pra cima Uno o rap à tradição, valorizo o som da terra Rio Grande, terra de gente que na guerra não se entrega Eu sou gaúcho, tô na boa Toma aí um chimarrão Revolução na coxilha farroupilha Mano da terra não vacila, não foge da briga Na aurora pampeana xirú da campanha Chimarreando não se espanta ao mirar o pampa No meu solo, Rio Grande Povo guerreiro se expande Que a peleia não perde a chance Prepare a erva comece a rezar Pois a peleia vai recomeçar Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum (Mas de jeito nenhum) Não tá morto quem peleia aqui sob o céu azul (Não podemos se entregar) Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum (Mas de jeito nenhum) Pois somos todos brasileiros do Rio Grande do Sul (Não podemos se entregar) Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum Se entregar (mas de jeito nenhum) Não tá morto quem peleia aqui sob o céu azul (Não podemos se entregar) Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum Não podemos (mas de jeito nenhum) Pois somos todos brasileiros do Rio Grande do Sul (Não podemos se entregar) Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum Não podemos (mas de jeito nenhum) Não tá morto quem peleia aqui sob o céu azul (Se entregar) Não podemos se entregar p'ros homem de jeito nenhum Não podemos (mas de jeito nenhum) Pois somos todos brasileiros do Rio Grande do Sul Não tá morto quem peleia (não podemos se entregar) Mas de jeito nenhum