Revoada

Quando eu era um passarinho livre pra voar
Seu ninho estava ocupado
Inconformado eu chorei o Rio Douro e Amazonas numa noite só
Mas nem assim de mim o Universo teve dó
Segui a revoada ainda que nada me fizesse te esquecer
E feito um João de Barro sempre a beira da porta triste a cantar
O implacável tempo as penas transformou em degradê 
É de doer as voltas que esse mundo dá

Uma brisa leve desfez seu ninho
Coitadinho do seu coração que se enganou
Ironia eu não estar sozinho
Um erro no tempo e nossa fauna não vingou